Gif do trânsito das duas luas em Júpiter foi feito por
mogiano com base em 110 mil fotos do planeta
feitas da estação astronômica de sua casa,
em Mogi. (Foto: Marco Mastria/ Arquivo Pessoal)
Foram necessárias 110 mil fotos do planeta para fazer GIF.
Apaixonado por astronomia, Marco Mastria montou espaço há dez anos.
Com uma câmera planetária, lentes fotográficas e um telescópio, o astrônomo amador e arquiteto de sistemas Marco Mastria, de Mogi das Cruzes (SP), fez um registro ‘animado’ do movimento das luas de Júpiter. O trabalho, feito da estação astronômica de sua casa, resultou em um vídeo com 110 mil fotos e em um GIF (Formato de Intercâmbio Gráfico – na tradução literal).
Para registrar o movimento de Júpiter foram efetuadas 15 capturas de aproximadamente 3 minutos cada (Assista abaixo). Estas capturas geraram um total de 16 GB de dados e mais de 110 mil fotos a serem processadas.
As imagens foram feitas no dia 17 de janeiro deste ano e divulgadas nesta semana. O trabalho durou madrugada adentro. “A primeira gravação começou às 2:32h da madrugada, e a última finalizou às 3:55h, totalizando aproximadamente 1h30 de capturas de imagens”, detalhou.
Além dos equipamentos, o astrônomo usa um software que o ajuda a localizar a posição de estrelas e planetas. Depois, as imagens passam por um longo e trabalhoso processo de tratamento. “Depois de capturar mais de 110 mil fotos, movimentar mais de 200 GB de dados, e quase 20 horas de trabalho, desde a montagem e ajuste dos equipamentos até a geração final de uma foto e um filme time-lapse, temos o resultado”, diz.
O GIF mostra uma representação gráfica da localização das luas Io e Europa e suas sombras no disco de Júpiter. Segundo o astrônomo amador, que já fotografou nebulosas e galáxias, esta foi a primeira tentativa real do chamado imageamento de planetas. “Eu já fazia fotos do céu profundo, que são produzidas de forma diferente, com outros softwares e técnicas”, informou. O roteiro de produção planetária foi feito após pesquisas. “Só consegui após muita pesquisa, leitura, tentativa e erro”, disse o astrofotógrafo.
Marco Mastria, astrônomo amador, com um de seus telescópios em Mogi das Cruzes (Foto: Jamile Santana/G1)
Segundo o astrônomo, Júpiter é o maior planeta do sistema Solar e não é composto, primariamente, de matéria sólida, por isso, é conhecido como "gigante gasoso". É possível vê-lo a olho nu. "Você vê, mas aparentemente, é uma estrela com todas as demais, só um pouco mais brilhante, principalmente nestes dias onde Jupiter encontra-se em oposição ao Sol", detalhou.
Foto de Júpiter, que a olho nu aparece apenas co-
mo um ponto luminoso, feita da janela de astrôno-
mo. (Foto: Marco Mastria/ Arquivo Pessoal)
Paixão pela astronomia
A estação de observação montada na casa do pesquisador funciona há quase dez anos. A cúpula chama atenção de longe. Dentro dela, no telhado, uma potente luneta é capaz de registrar fotografias e mapeia o que acontece no céu em um raio de até 400 quilômetros.
Apesar da mudança na percepção do céu, o pesquisador flagra, quase que diariamente, pelo menos dez meteoros cruzando a cidade. Os registros são feitos por duas câmeras instaladas no teto de casa, que também é equipado com um telescópio e um sistema de previsão meteorológica.
Marco Mastra é um dos integrantes da Rede Brasileira de Observadores de Meteoros (Bramon, na sigla em inglês).
Astrônomo amador mostra estação de observação que construiu em sua casa em Mogi das Cruzes (Foto: Jamile Santana/G1)
FONTE: http://g1.globo.com/
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