Um ‘anjo’, que muitos soldados
britânicos acreditam ter salvado suas vidas em uma das primeiras batalhas
brutais da Primeira Guerra Mundial, pode não ter sido enviado do céu, mas sim
das estrelas.
Escritores sobre OVNIs suspeitam
que o famoso “Anjo de Mons” – descrito como São Jorge, São Miguel, anjos, ou
legião de guerreiros angelicais, pode ter sido de outro planeta.
Muitos soldados deram crédito às
estranhas aparições como tendo salvado suas vidas e isso se tornou uma
publicação comum em revistas de paróquias.
A batalha foi uma das primeiras onde os britânicos enfrentaram os
alemães e, apesar de saírem em retirada, ‘somente’ 1.600 vidas foram perdidas.Décadas mais tarde, a história
ainda está repleta de controvérsia, de acordo com Nigel Watson, autor do Manual
Haynes para as Investigações de OVNIs, com algumas pessoas atribuindo o ‘anjo’
a uma estória da ‘Evening Standard‘, enquanto outros à inteligência britânica.
Kevin Goodman, um especialista em
OVNIs e autor de livros sobre misteriosos encontros no Reino Unido, diz que “o
enigma dos OVNIs era desconhecido durante o conflito da Primeira Guerra
Mundial; as tropas fariam uma associação
aos eventos como este da única forma que podiam, pensando que eram um sinal de
Deus”.Cas Lake, apresentadora de rádio
do programa Unexplained Show, diz que ambas as respostas podem ser verdadeiras,
de certa forma. Aquilo que a cultura de
1914 teria descrito como ‘anjos’, descreveríamos como extraterrestres.
Ela diz: “Minha crença seria: se
estes anjos apareceram, foi para proteger um futuro alterado, e talvez também
para ajudar a crença nos anjos. Eu
certamente acredito que seres espirituais possam intervir quando necessário“.
Entre os entusiastas de OVNIs,
muitos acreditam que OVNIs e anjos sejam a mesma coisa – ou que os avistamentos
de anjos têm sido de alienígenas, ou mesmo vice-versa. Uma pesquisa rápida pela Internet pode
encontrar dezenas de sites devotados ao tópico.Goodman, um escritor de
Warminster, diz que isto é um caso de mudança cultural: “O fenômeno tem
assumido muitas aparências através da história.
Em tempos de estresse, medo e morte eminente possível, uma pessoa
encontra consolo em algo que possa ser descrito“.
Albert S. Rosales diz que pode
ter havido várias forças envolvidas – muitas delas humanas. Rosales gerencia um site dedicado aos
avistamentos de alienígenas humanoides e anjos.
Ele diz; “Foram entidades sobrenaturais especificamente vistas em
Mons? Talvez. Em toda a guerra há tais histórias,
as quais ficam entre o reino do folclore e da verdade. Talvez elas sejam exageradas mais tarde pelas
autoridades religiosas e talvez até mesmo pelo governo, possivelmente para
manter alto o espírito das tropas”.
Mas as origens das histórias permanecem
misteriosas. Claramente alguns soldados
viram o que eles acreditavam ter sido anjos – mas foi a história manipulada em
prol dos propósitos do governo?
Brigadeiro-General John Charteris
escreveu uma carta: “… então há a história dos ‘Anjos de Mons’ marchando
fortemente através da 2ª Divisão, e a de como o anjo do
Senhor, no tradicional cavalo branco e vestido de branco, com uma espada
flamejante, encarou os alemães em Mons e os impediu de avançar”.Dizia-se que Charteris trabalhava
secretamente para a inteligência britânica – adicionando peso à ideia de que as
alucinações no campo de batalha tinham sido contorcidas por razões políticas.
Outros alegam que a história seja
simples ficção. O popular escritor
Arthur Machen alegou que esta lenda foi criada pela sua estória de ficção ‘The
Bowmen‘ (Os Arqueiros ), publicada no ‘The Evening News’, em
29 de setembro de 1914. Na história,
soldados britânicos clamam a São Jorge por ajuda e são ajudados por arqueiros
fantasmagóricos da Batalha de Agincourt.
Um fato que dá apoio à esta teoria é que poucos relatos deste tipo de
incidente existem antes da estória de Machen.
Nigel Watson, autor do livro que
está para ser lançado ‘UFOs of the First World War‘ (OVNIs da Primeira Guerra
Mundial ) diz: “Mesmo hoje a lenda é envolvida de
controvérsia. As teorias sobre ela são:
um mito baseado nas estória de Machen, o produto de alucinações devidas ao
estresse e a exaustão, visitações angélicas reais, fantasmas, gás do pântano,
ou OVNIs alienígenas projetando-se às expectativas das testemunhas”.
John Rimmer, editor do Magonia
Review, propõe a ideia de que Machen e os soldados estavam respondendo às suas
necessidades espirituais: “Entre os horrores da Primeira Guerra Mundial, o
desejo para tal intercessão espiritual seria tão forte entre os soldados que,
incapazes de encontrar expressão de forma mais racional, projetaram
externamente na forma de uma visão memorável.
Machen, mais remoto da realidade amarga, e como escritor que possui uma
forma aceitável de expressar estas reações emocionais profundas, criou uma
‘ficção’ igualmente memorável a partir do mesmo jogo de estímulos“.
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