“Dê-me o controle do dinheiro de uma Nação e pouco me importa quem faça suas leis.” Meyer Amschel Bauer ( ROTHSCHILD)
Esta é a autobiografia de um homem cujo trabalho era atrair líderes de países subdesenvolvidos de terceiro mundo a aceitarem empréstimos do FMI e do Banco Mundial.
O argumento era de que o dinheiro seria usado para expandir a infra-estrutura das estradas, ferrovias, centrais de geração de energia elétrica, as telecomunicações, o que, portanto, traria prosperidade a esses países . . .
Ele fazia isso como um economista corporativo que deliberadamente exagerava o potencial de retorno econômico desses investimentos. Embora seus projetos sempre fossem descritos como humanitários, os objetivos reais eram geralmente contratos lucrativos para as firmas multinacionais de construção e atrair os países a contrair empréstimos que eles nunca conseguiriam pagar. Ele sabia que alguns políticos e famílias bem conectadas dentro desses países se tornariam muito ricos enquanto o padrão de vida da maior parte da população declinaria.
Quando o pagamento dos empréstimos se tornava impossível, as agências de empréstimos internacionais e as grandes empresas então agiam para tomar o controle dos recursos naturais (petróleo, minerais, etc…) do governo do país, o que também era parte do plano. Em outras palavras, no mundo moderno, a conquista pela espada deu lugar à conquista pelos empréstimos. Perkins era um estrategista-chave no alto comando das forças de conquista.
A “Corporatocracia”
Perkins é um homem com problemas na consciência. Ele se arrepende de ter vendido sua alma à “corporatocracia”, o nome que ele criou para a rede (a elite internacional, BILDERBERGs, Illuminatis, Majestic-12, Council on Foreign Relations-CFR, etc …) de interesses empresariais e governamentais que agora condena. Ele lutou com essa culpa por muitos anos até finalmente decidir romper com tudo. Foi uma decisão difícil, porque ele queria acreditar que, de alguma forma, a despeito de toda a desonestidade e exploração, algum bem poderia eventualmente escoar e chegar ao homem comum.
Além disso, havia o fato que ele era muito bem remunerado pelo seu trabalho.Portanto, não é surpresa que o rompimento não tenha sido total. Sua primeira ação foi deixar o emprego, mas isso não significou encerrar o trabalho. Ele continuou a prestar serviços como consultor e testemunha especializada, fazendo quase a mesma coisa que fazia antes, mas recebendo até mais dinheiro em honorários de consultor do que recebia anteriormente na forma de salário.
Sua penitência final foi escrever esse livro como um ato de confissão pública, mas isso só aconteceu após ele ter ganho muito dinheiro e adquirido segurança financeira. Não há razão para questionar a sinceridade de sua consciência, mas não devemos negligenciar o fato que ela precisou de muitos anos para amadurecer. Precisamos perceber que o autor é um ótimo exemplo do fator cobiça (e ganância) que condena em seu livro. Mas ele mesmo prontamente admite isso e o leitor não pode deixar de sentir a sinceridade de seu remorso.
0 comentários:
Postar um comentário