"É comovedora a soberba dos que afirmam que nosso planeta é o único habitado. Creio melhor que somos algo assim como uma aldeia perdida na província menos interessante do Universo, e que os discos luminosos que vemos passar na noite pelos séculos nos enxergam assim como enxergamos as galinhas."
Na quinta-feira passada, 17 de abril,
informou o Conselho Nacional para a Cultura e as Artes (CONACULTA), que faleceu
um dos ícones da literatura mundial, o escritor colombiano mais importante do
século XX, Gabriel García Márquez, aos 87 anos de idade.
Este reconhecido escritor, em
algum momento de sua vida, falou sobre o tema dos OVNIs. Abaixo uma coluna
publicada em 2010 no periódico ‘El Gráfico‘ pelo repórter estudioso do fenômeno
dos OVNIs, Yohanan Diaz.
-Qual é a sua opinião sobre os OVNIs?
- A minha opinião sobre os OVNIs
é de sentido comum: creio que são naves procedentes de outros planetas, mas
cujo destino não é a Terra.
- Crê na possibilidade da existência de vida em outros planetas?
- É comovedora a soberba dos que
afirmam que nosso planeta é o único habitado.
Creio melhor que somos algo assim como uma aldeia perdida na província
menos interessante do Universo, e que os discos luminosos que vemos passar na
noite pelos séculos nos enxergam assim como enxergamos as galinhas.
- De onde crê que eles vêm e quem os pilota?
- Os OVNIs devem ser tripulados
por seres cujo ciclo biológico é desproporcionalmente mais amplo e frutífero do
que o nosso. Não se ocupam conosco
porque acabaram de nos estudar há milhares de anos, quando fizeram as últimas
explorações do Universo, e não só sabem de nós muito mais do que nós mesmos,
mas também conhecem inclusive o nosso destino.
Na verdade, a Terra deve ser para eles uma ilha de emergência utilizada
para os reveses da navegação espacial.
- Crê que é informado sobre o tema ao público de forma devida?
- Não creio que haja uma
conspiração das grandes potências para ocultarmos a verdade. Isto seria
atribuir aos donos do mundo mais inteligência do que eles possuem.
- A quem atribui esta persistência de alguns cientista em negar, não há
a possibilidade de que existam naves extraterrestres, como também o fenômeno?
- O que ocorre é que a humanidade
não soube merecer a sabedoria dos alquimistas, que consideravam o laboratório
como uma simples cozinha da clarividência, e agora estamos a mercê de uma
ciência reacionária cujo dogmatismo grosseiro não admite as evidências que não
forem entregues dentro de um frasco. São
cientistas regressivos que negam a existência dos marcianos porque não os podem
ver, sem sequer perguntar-se se os marcianos não seriam os micróbios que nos
fazem a guerra dentro do corpo.
Enquanto a ciência é experimental
– e não clarividente, como foi na alquimia e como só pode ser a poesia em nosso
tempos – a humanidade seguirá sendo parte do reino dos crustáceos. Seguiremos vendo com a boca aberta a esses
discos luminosos que já eram familiares nas noites da Bíblia, e seguiremos
negando sua existência, embora seus tripulantes se sentam para almoçar conosco,
como ocorreu tantas vezes no passado, porque somos os habitantes do planeta
mais provinciano, reacionário e atrasado do Universo.
0 comentários:
Postar um comentário