Para quem não gosta de ler, não compre o livro, pois o mesmo tem mais de 700 páginas. Alguma vez você já teve a sensação de ter feito algo ruim, mas que aquilo não tinha a ver com
você? Uma explosão de raiva, algo impensado que possa deliberadamente ter prejudicado
outrem, ou outra atitude extrema que normalmente não teria? Pois você pode ter agido sob
influência do efeito Lúcifer.
O termo tem origem no famoso estudo
do Presídio de Stanford, realizado
quatro décadas atrás pelo psicólogo
americano Philip Zimbardo, na
Universidade de mesmo nome. Na
ocasião Zimbardo foi responsável por
uma experiência que ficaria célebre por
seu dramático desfecho.
Através de um anúncio no jornal, ele
recrutou estudantes de graduação para
participar de uma pesquisa: recriar num
laboratório o ambiente de uma prisão,
de forma a estudar o comportamento
dos seus participantes. Mas o que era
para ser um inocente experimento em
psicologia, terminou revelando um lado
sombrio do ser humano.
Divididos aleatoriamente entre guardas
e prisioneiros, os 24 voluntários
paulatinamente assumiram papéis macabros e foram tomados por um estranho
comportamento, que mais tarde seria batizado com o título deste artigo. Guardas tornaram-se
implacáveis algozes, enquanto que os cativos transformaram-se em alvos submissos de até
então impensáveis crueldades.
Que estranhos mecanismos teriam tornado possível tamanha transformação? Que malignas
influências seriam capazes de operar tão dramática metamorfose?
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